
Investimento no mercado imobiliário: Como, quando e por onde começar?
Segundo um levantamento realizado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (ANBIMA), em conjunto com o Datafolha, 61% dos brasileiros não realizaram qualquer tipo de investimento em 2021.
A pesquisa envolveu 5.878 pessoas com mais de 16 anos, de todas as regiões do país. Como resultado da mesma, ficou notável um pessimismo da população em relação ao cenário econômico, principalmente por causa das eleições que aproximam-se.
No entanto, apesar da inflação, juros e disputas políticas, viemos lembrar que há opções de investimento para além da caderneta de poupança. Aliás, o mercado imobiliário oferece alternativas tão seguras quanto a renda fixa. Falemos um pouco mais sobre isso.
Antes de tudo, investimento imobiliário é uma questão cultural
Capaz de contemplar todos os perfis de investidores, o mercado imobiliário consegue contornar contextos instáveis. Uma prova disso é que muitas pessoas enxergam imóveis como uma reserva de valor resistente à variações econômicas.
Já diria o ditado, “quem compra terra, não erra”. Pois bem, essa máxima segue valendo na atualidade e, dessa vez, estende-se para outras categorias de imóveis. Lançamentos de projetos na planta, house flipping e aluguel são algumas dessas novas variações.
Por isso, tendo em vista o forte enraizamento cultural que o investimento imobiliário tem no Brasil, decidimos explorar a fundo essas possibilidades. Embora esse artigo seja voltado para aplicações em imóveis próprios, vamos falar um pouco sobre o mercado financeiro.
Termos importantes nesse ramo
Rentabilidade: o acúmulo de renda passiva, ou seja, aquele capital adquirido de forma orgânica. A rentabilidade, em suma, é o ato do dinheiro trabalhar para você e está diretamente associada à valorização patrimonial do imóvel.
Valorização: muito fala-se sobre a valorização, mas o que é isso exatamente? Pois bem, a valorização é a forma como seu patrimônio é visto perante o mercado. Ela oscila bastante e está diretamente ligada ao cenário econômico que, felizmente, é cíclico.
Recuperação: um período de taxa de vacância, quando tem-se muitos imóveis vagos, tende a ser seguido pela recuperação. Essa virada de chave é marcada pela ampliação da procura por residências e reaquecimento do setor imobiliário.
Expansão: é como chama-se o período de crescimento na demanda em paralelo à redução da taxa de vacância. Geralmente é nesse momento em que os números de empreendimentos lançados aumentam, assim como a possibilidade de estoque.
Sobreoferta: veja bem, se há imóveis estocados, significa que há uma oferta maior do que a demanda. Como resultado disso, temos vendas estagnadas e a fase da sobreoferta. Embora não seja favorável para incorporadoras, é oportuna para compradores de imóveis.
Recessão: também conhecida como período de “vacas magras” da economia, a recessão, assim como a sobreoferta, é uma questão de perspectiva. Enquanto construtoras têm de reduzir a produção, há o favorecimento de quem deseja adquirir imóveis.
No fim das contas, esses termos servem apenas para mostrar a rotatividade da economia. O investimento imobiliário funciona como uma escada, repleta de altos e baixos, mas segue sendo uma das alternativas mais seguras do mercado, só requer paciência.
E como o investimento imobiliário ocorre na prática?
Agora que passamos pelo glossário do investidor imobiliário, garantimos que a jornada fica mais fácil. Aliás, o investimento em imóveis na prática já é realizado há anos e, provavelmente, é uma das formas mais tradicionais e efetivas de obtenção de patrimônio.
Por exemplo, quem nunca viu algum conhecido revender uma casa por um valor muito mais alto do que aquele pelo qual a residência foi adquirida? Pois então, esse tipo de transação ocorre diariamente, mas estamos aqui para levantar algumas considerações.
Compra e revenda de imóvel na planta: adquirir um lançamento é uma boa forma de comprar um imóvel por um valor mais baixo e obter lucro na revenda. Isso ocorre porque a cada etapa de desenvolvimento da obra, o empreendimento torna-se mais valorizado.
House flipping: apesar do termo em inglês sugerir algo inovador, essa estratégia trata-se nada mais do que comprar um imóvel pronto, reformá-lo e revendê-lo. Esse tipo de operação requer mais atenção aos custos investidos nos reparos.
Compra para aluguel: uma das estratégias mais utilizadas para investidores que buscam renda passiva, a locação de imóveis residenciais ou comerciais geralmente é segura, mas sempre está sujeita aos períodos de vacância.
Aquisição de terrenos: adquirir uma área para incorporação futura é uma ótima forma de acumulação de patrimônio. No entanto, essa estratégia exige paciência com o investimento e com aprovações de órgãos públicos.
Notável a quantidade de opções de investimento em imóveis, não é mesmo? Porém, sabemos que comprar uma casa, apartamento, terreno ou sala comercial exige uma quantidade significativa de dinheiro.
Pensando nisso, o mercado financeiro passou a oferecer outras alternativas para investimento imobiliário, como as Sociedades de Propósitos Específicos (SPE), Fundos de Investimento Imobiliário (FII), Letras de Créditos Imobiliários (LCI) e Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI).
Por que investir no mercado imobiliário?
Bom, dito isso, ainda resta falar diretamente dos benefícios de investir no mercado imobiliário. Então, levando em consideração todos os termos e conceitos apresentados, bem como as variações econômicas, eis nossos argumentos:
Alto potencial de valorização: quando falamos em imóveis físicos a tendência é que seu valor aumente com o passar do tempo. Além das reformas e melhorias de estrutura, a valorização leva em conta o desenvolvimento da região na qual o mesmo localiza-se.
Mercado que não perde relevância: apesar do período de vacância, o mercado imobiliário se mantém relevante independente do cenário econômico. A demanda por habitação nunca deixará de existir, já que se trata de uma necessidade básica, por isso a segurança.
Fonte de renda passiva: assim como mencionamos acima, imóveis são fonte de renda passiva. E por que reafirmar isso? Bom, essa é uma ótima forma de lucrar sem precisar trabalhar de fato, por isso não deixa de ser um bom argumento.
E então, já sabe onde adquirir um imóvel para investimento? Podemos te ajudar no processo. Compartilhe sua opinião com a gente. Um abraço e até a próxima!
Fontes: e investidor, A Gazeta, Tecnisa e Mudee.